A Tradição da
Árvore de Natal
A árvore de natal também tem suas origens no
paganismo. Entre os druidas o carvalho era sagrado. Entre os egípcios era a
palmeira, e em Roma era o abeto, que era decorado com cerejas negras durante a
saturnália. Portanto a árvore de natal recapitula a ideia da adoração de
árvore, sendo que castanhas e bolas simbolizam o sol. (WOODROW, Ralph.
Babilônia A Religião dos Mistérios).
Existe o hábito de durante as
festividades natalícias enfeitar-se e iluminar-se um pinheiro ou um abeto.
Contudo, a tradição de enfeitar uma árvore é anterior ao próprio Natal.
Os romanos penduravam máscaras do
deus Baco em pinheiros para comemorarem a Saturnália (festa em hora de
Saturno, deus da agricultura), celebração que coincidia com a data atual do
Natal.
Como símbolo do triunfo da vida
sobre a morte, os egípcios tinham como tradição transportar folhas de palmeiras
para dentro de casa no dia do Solstício de Inverno (21 de Dezembro).
Na cultura celta, os druidas
tinham o costume de decorar os carvalhos mais antigos com maçãs douradas para
as festividades celebradas durante o Solstício de Inverno.
Segundo a tradição, São Bonifácio,
no século VII, usava o perfil triangular dos abetos com símbolo da Santíssima
Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo). Assim, o carvalho, até então
considerado como símbolo divino, foi substituído pelo triangular abeto.
Na Europa Central, no século XII,
penduravam-se árvores com o vértice para baixo em resultado da simbologia
triangular da Santíssima Trindade.
A Árvore de Natal atual
Os primeiros registos da
existência de uma Árvore de Natal, tal como a reconhecemos nos nossos dias,
remontam ao século XVI, a mesma altura em que a tradição se vulgarizou na
Europa Central.
Conta a
lenda que foi Martinho Lutero, autor da reforma protestante, quem montou a
primeira Árvore de Natal “moderna”. A idéia surgiu-lhe depois de um passeio
pela floresta, numa noite de céu limpo, em que as estrelas eram bem visíveis.
Imaginando que a noite em que Jesus Cristo nasceu teria sido assim, resolveu
levar a imagem até junto da família sob a forma de uma árvore.
decorada com velas, com uma
estrela brilhante no topo.
O hábito de enfeitar a Árvore de
Natal enraizou-se. Na Alemanha, independentemente do estatuto social, as
famílias decoravam as árvores com frutos, doces e flores de papel.
A Grã-Bretanha importou o costume
da Árvore de Natal no século XVII, através dos monarcas da Casa de Hannover,
tendo-se consolidado a utilização do pinheiro enfeitado após a publicação, pela
“Illustrated London News”, de uma imagem da Rainha Vitória e o príncipe Alberto
com os filhos junto à Árvore de Natal, no castelo de Windsor, em 1846.
A tradição espalhou-se por toda a
Europa e chegou aos Estados Unidos da América, através dos soldados alemães,
durante a Guerra da Independência.
Nos Estados Unidos, dada a
divergência de povos e culturas, a adesão à Árvore de Natal não foi uniforme.
Em 1856, a Casa Branca foi
enfeitada com uma Árvore pela primeira vez. Desde 1923, que todos anos o
pinheiro iluminado marca presença na residência oficial do presidente dos
Estados Unidos da América.
A tradição em Portugal
Nos países com as tradições católicas
mais enraizadas, como Portugal, o costume de se enfeitar o pinheiro na época
natalícia surgiu pouco a pouco, ao lado dos presépios. O facto deve-se à Árvore
de Natal ser um costume de origem pagã e por isso predomina nos países nórdicos
e no mundo anglo-saxónico.
Durante muito tempo, o presépio
foi a única decoração de Natal. Em Portugal, a adesão da Árvore Natal foi
tardia, em relação aos outros países da Europa.
Nos anos 50, enfeitar um pinheiro
no Natal era mal visto nas cidades e nos campos apenas se utilizava o presépio.
Hoje em dia é difícil não existir
uma Árvore de Natal a “iluminar” as casas portuguesas e muitas a enfeitar as
diversas superfícies comerciais do país.
A tradição no Brasil
No Brasil em quase todos os lares, comércios, praças
públicas e repartições públicas é comum na época do Natal encontrar uma árvore
natalina armada e enfeitada.
E o que é pior, em uma gama enorme de igrejas evangélicas vemos, pasmem! Até
no local do altar, no canto ou ao lado do púlpito.
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