sábado, 21 de dezembro de 2013

A VERDADE SOBRE A ÁRVORE DE NATAL

A Tradição da Árvore de Natal


A árvore de natal também tem suas origens no paganismo. Entre os druidas o carvalho era sagrado. Entre os egípcios era a palmeira, e em Roma era o abeto, que era decorado com cerejas negras durante a saturnália. Portanto a árvore de natal recapitula a ideia da adoração de árvore, sendo que castanhas e bolas simbolizam o sol. (WOODROW, Ralph. Babilônia A Religião dos Mistérios).

Existe o hábito de durante as festividades natalícias enfeitar-se e iluminar-se um pinheiro ou um abeto. Contudo, a tradição de enfeitar uma árvore é anterior ao próprio Natal.

Os romanos penduravam máscaras do deus Baco em pinheiros para comemorarem a Saturnália (festa em hora de Saturno, deus da agricultura), celebração que coincidia com a data atual do Natal.
Como símbolo do triunfo da vida sobre a morte, os egípcios tinham como tradição transportar folhas de palmeiras para dentro de casa no dia do Solstício de Inverno (21 de Dezembro).
Na cultura celta, os druidas tinham o costume de decorar os carvalhos mais antigos com maçãs douradas para as festividades celebradas durante o Solstício de Inverno.
Segundo a tradição, São Bonifácio, no século VII, usava o perfil triangular dos abetos com símbolo da Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo). Assim, o carvalho, até então considerado como símbolo divino, foi substituído pelo triangular abeto.
Na Europa Central, no século XII, penduravam-se árvores com o vértice para baixo em resultado da simbologia triangular da Santíssima Trindade.


A Árvore de Natal atual

Os primeiros registos da existência de uma Árvore de Natal, tal como a reconhecemos nos nossos dias, remontam ao século XVI, a mesma altura em que a tradição se vulgarizou na Europa Central.
Conta a lenda que foi Martinho Lutero, autor da reforma protestante, quem montou a primeira Árvore de Natal “moderna”. A idéia surgiu-lhe depois de um passeio pela floresta, numa noite de céu limpo, em que as estrelas eram bem visíveis. Imaginando que a noite em que Jesus Cristo nasceu teria sido assim, resolveu levar a imagem até junto da família sob a forma de uma árvore.

decorada com velas, com uma estrela brilhante no topo.
O hábito de enfeitar a Árvore de Natal enraizou-se. Na Alemanha, independentemente do estatuto social, as famílias decoravam as árvores com frutos, doces e flores de papel.
A Grã-Bretanha importou o costume da Árvore de Natal no século XVII, através dos monarcas da Casa de Hannover, tendo-se consolidado a utilização do pinheiro enfeitado após a publicação, pela “Illustrated London News”, de uma imagem da Rainha Vitória e o príncipe Alberto com os filhos junto à Árvore de Natal, no castelo de Windsor, em 1846.
A tradição espalhou-se por toda a Europa e chegou aos Estados Unidos da América, através dos soldados alemães, durante a Guerra da Independência.
Nos Estados Unidos, dada a divergência de povos e culturas, a adesão à Árvore de Natal não foi uniforme.
Em 1856, a Casa Branca foi enfeitada com uma Árvore pela primeira vez. Desde 1923, que todos anos o pinheiro iluminado marca presença na residência oficial do presidente dos Estados Unidos da América.
A tradição em Portugal
Nos países com as tradições católicas mais enraizadas, como Portugal, o costume de se enfeitar o pinheiro na época natalícia surgiu pouco a pouco, ao lado dos presépios. O facto deve-se à Árvore de Natal ser um costume de origem pagã e por isso predomina nos países nórdicos e no mundo anglo-saxónico.
Durante muito tempo, o presépio foi a única decoração de Natal. Em Portugal, a adesão da Árvore Natal foi tardia, em relação aos outros países da Europa.
Nos anos 50, enfeitar um pinheiro no Natal era mal visto nas cidades e nos campos apenas se utilizava o presépio.
Hoje em dia é difícil não existir uma Árvore de Natal a “iluminar” as casas portuguesas e muitas a enfeitar as diversas superfícies comerciais do país.
A tradição no Brasil
No Brasil em quase todos os lares, comércios, praças públicas e repartições públicas é comum na época do Natal encontrar uma árvore natalina armada e enfeitada.
E o que é pior, em uma gama enorme de igrejas evangélicas vemos, pasmem! Até no local do altar, no canto ou ao lado do púlpito.

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