segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Cristão que vota em Haddad é favorável ao aborto, legalização das drogas e soltura de presos como Manuela D’ávila


Manuela D’Ávila (PCdoB), 36 anos, já tem uma longa trajetória política. Eleita pela primeira vez em 2004 para o cargo de vereadora em Porto Alegre (RS), a parlamentar que hoje é candidata a vice-presidente na chapa de Fernando Haddad (PT), já foi deputada federal e atualmente exerce mandato na Assembleia Legislativa de seu estado.

Seus posicionamentos sobre pautas morais, como religião, aborto, união entre pessoas do mesmo sexo, drogas e punição para crimes são bastante contundentes, sempre alinhados com a visão ideológica de esquerda.
Em novembro de 2017, Manuela concedeu uma entrevista à Folha de S. Paulo e afirmou que tem “origem cristã”, embora não se identifique ou pertença a nenhuma denominação. “Acho que o povo evangélico, povo cristão – minha origem é cristã – é um povo que acredita no amor ao próximo”, comentou na ocasião, no contexto de sua oposição às pautas conservadoras adotadas pela bancada evangélica.
Sobre aborto, Manuela D’Ávila afirmou, em 2014, ao extinto programa Agora é Tarde, da Band, que por “uma questão de respeito às mulheres” é favorável à legalização. “Todo mundo fala: ‘é um debate sobre a vida’. E eu quero debater a vida das mulheres que morrem se submetendo a processos clandestinos. E as mulheres pobres, porque as mulheres ricas vão em clínicas maravilhosas como se fossem legalizadas e não morrem. Então esse também é um problema de classe social. As ricas não morrem fazendo aborto”, afirmou.
O chamado casamento gay é outra pauta progressista abraçada pela candidata a vice há anos. Em 2015, ela usou as redes sociais para parabenizar os Estados Unidos pela aprovação da união de pessoas do mesmo sexo: “ O mapa abaixo, com os poucos países que aceitam o casamento entre homossexuais, deixa claro o quanto ainda é preciso avançar. Respeitar a diversidade é apoiar o amor. Seguimos na luta!”, disse em sua página no Facebook.
Sobre drogas, a política gaúcha se apresenta como favorável à descriminalização: “Quantos jovens morrem, qual é a situação da segurança, qual o resultado concreto. Os números mostram que a violência aumentou a partir de uma política de guerra às drogas. O Brasil pode fazer esse debate, vinculando inclusive a tributação das drogas a campanhas educativas de prevenção do consumo de todas as drogas. O Brasil subestima o consumo de drogas lícitas”, afirmou à Veja.
Contrária à mudança no Estatuto do Desamamento, Manuela D’ávila se opõe à visão de Jair Bolsonaro sobre o assunto, de acordo com informações do site Rede Brasil Atual: “Qual é a proposta que o outro tem para a segurança pública? Nenhuma, a não ser a ideia de que todo mundo tem que se armar para se defender”, comentou na ocasião.
No mesmo âmbito da segurança pública, a candidata comunista é uma das incentivadoras da proposta adotada por Fernando Haddad em seu plano de governo, que prevê a liberação de presos condenados por crimes considerados “menores”. “Essa política do encarceramento em massa não dá resultados positivos para nossa gente”, afirmou em um manifesto lançado em abril deste ano.
Na lógica de Manuela D’Ávila, esse posicionamento deve ser estendido ao ex-presidente Lula (PT), conforme declaração dada ao programa Roda Viva, da TV Cultura, em junho: “Sabemos as razões pelas quais o ex-presidente Lula está preso. Ele está preso porque é o primeiro lugar nas pesquisas eleitorais. Todos nós sabemos que o juiz Sérgio Moro é um homem que desfila mundialmente acompanhado dos líderes dos outros partidos, dos partidos de oposição ferrenha ao ex-presidente Lula. […] Sim, enquanto não houver nenhuma única prova contra ele, se eu for presidente do Brasil eu darei indulto a ele”, afirmou na ocasião.
" Agora essa decisão de soltar o corrupto ex-presidente Lula e milhares de criminosos que cometeram "pequenos delitos" continua com o Haddad."
Posteriormente, com a rejeição da candidatura de Lula à presidência pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Manuela desistiu de ser cabeça de chapa e se aliou a Fernando Haddad, como vice na chapa.

Bolsonaro

Em outubro de 2013, a jornalista Letícia Gonzalez, da revista TPM, publicou um perfil da deputada. Na entrevista, Manuela contou que dois anos antes havia tido seu primeiro destempero como parlamentar, justamente por conta do estilo boca-dura do atual líder das pesquisas para presidente.
“Na Câmara teve uma única vez que eu saltei em cima de um deputado, o Jair Bolsonaro. Eu presidia a Comissão de Direitos Humanos e fiquei aguentando o debate todo, esperando minha vez de falar, porque é assim que é, ele é deputado… Mas nesse dia [em 2011] ele disse pro deputado Jean Wyllys que o pai dele tinha vergonha por ter um filho gay. Isso é repugnante, ultrapassa o que meu estômago consegue aguentar”, contou.
Ela acrescentou ainda que também não morre de amores pelo pastor Marco Feliciano (PODE-SP), ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias: “A gente pode lutar para que a Comissão de Direitos Humanos nunca mais tenha um Marco Feliciano”, resumiu.

domingo, 14 de outubro de 2018

Piloto ouve “a voz de Deus”, e decola minutos antes de terremoto atingir a Indonésia

Para 140 passageiros de uma companhia aérea que atua na Indonésia, país devastado por um terremoto de 7,5 pontos na escala Richter em 28 de setembro passado, o piloto Ricosetta Mafella foi um verdadeiro instrumento nas mãos de Deus para salvar suas vidas, porque ele disse ter ouvido a “voz de Deus” minutos antes do desastre, fazendo com que decolasse com o avião antes do previsto.

“O dia todo na sexta-feira eu estava me sentindo inquieto e não sabia por quê”, disse o funcionário da companhia Batik Airways para a BBC, dois dias após o terremoto. Ele estava na igreja Duta Injil, em Jakarta, e falou sobre o que sentiu minutos antes do desastre.

Mafella explicou que a inquietação lhe fez louvar a Deus na cabine do avião. “Normalmente eu só cantarolo, mas naquele dia eu quis louvar ao Senhor o melhor que pude”, disse ele, que após decolar foi para a cidade de Palu. Porém, antes mesmo de pousar, ele disse ter que “ouviu uma voz em seu coração”.

Já em solo, ele disse que falou aos passageiros que faria uma pausa de apenas 20 minutos na escala. “Eu nem saí da cabine e pedi permissão à torre de controle para partir três minutos antes do previsto”, contou Mafella, que logo em seguida obteve a autorização do controlador Anthonius Gunawan Agung, de apenas 21 anos.

A sensação de que algo estava prestes a acontecer, no entanto, fez com que Mafella partisse imediatamente, movendo o avião na pista de decolagem. “Eu não sei por que, mas minha mão continuou empurrando a alavanca, fazendo com que o avião acelerasse”, contou o piloto.

Ele e seus 140 passageiros levantaram voo às 18:02. Menos de um minuto depois o terremoto atingiu Palu. Se o avião ainda estivesse na pista não teria conseguido decolar. “Se eu tivesse decolado três minutos depois, não teria conseguido salvar os 140 passageiros, porque o asfalto na pista de pouso estava subindo e descendo como uma cortina ao vento”, explica Mafella.

O controlador Anthonius Gunawan Agung, infelizmente, acabou morrendo.  “Eu tentei ligar para o controlador de tráfego aéreo algumas vezes para dizer que vi algo, mas não houve resposta”, disse o piloto. “Neste momento difícil, durante os segundos de decisão, ele esperou por mim até que eu estivesse a salvo antes de ele pular. É por isso que eu o chamo de meu anjo da guarda”.

Mafella ressalta o quanto a sensibilidade a voz do Senhor é crucial em nossas vidas. “É importante ouvirmos a voz de Deus. E, aconteça o que acontecer, devemos estar calmos, não em pânico, para que possamos ouvir claramente a voz de Deus vinda a nós pelo Espírito Santo”, conclui o piloto, segundo o God TV.